Aracaju

Lícia Cotrim 

Jane’s Walk in Aracaju is organized by Lícia Cotrim. To learn more about local Jane’s Walks or get involved, get in touch using the contact information below.

Walk Stories

Walk stories are chronicles of moments, ideas, insights, and images from a Jane’s Walk, curated and submitted by local participants, walk leaders, and city organizers.

May 2019 – Aracaju como eu vejo!

City Organizer: Lícia Cotrim
Walk Leader: Marilza Honorato
Photographs by: Marilza Honorato e Sergio Gois

Segundo Jane Jacobs, caminhar pelo bairro e pela vizinhança é uma maneira de construir cidades mais humanas e sustentáveis. Através das caminhadas as pessoas podem refletir, compartilhar e questionar os espaços urbanos a sua volta. A rua é uma autêntica e complexa instituição social onde desde crianças aprendemos a socializar e construir comunidade. Se a rua acaba por privilegiar o automóvel por sobre o pedestre, ela morre e inicia-se o fim da cidade.

No dia em que se comemora o Jane’s Walk uma espécie de homenagem ao nascimento da escritora com uma caminhada em várias cidades ao redor do mundo, fui as ruas de Aracaju, para achar onde a veia pulsa e tentar entende-la. Durante uma hora, caminhei cerca de um quilometro, passando pela rua Laranjeiras, e suas travessas, pelo calçadão e seus comercio, rua do turista, Catedral Metropolitana, cruzei a rua Itabaianinha e praça Almirante Barroso.

Nessa caminhada notei que aos sábados a rotina do centro é diferente, as pessoas não vão ali apenas para trabalhar ou fazer compras, mas vão descontrair, socializar e se divertir. Aos sábados, em uma das travessas conhecida como beco do “Mijo”, um churrasquinho no meio do beco com mesas e cadeiras é ocupado por diversos pessoas de vários lugares e idades. Tanto na rua quanto nas travessas, existe um comercio grande voltado para beleza, são salões repletos de pessoas de todos os sexos, que buscam maneiras de levantar a autoestima.

Os mobiliários urbanos observados ao longo da rua, são bancos, que agregam as pessoas em rápidas conversas enquanto espera em frente as lojas. Embora não tendo visto lixo e entulhos na rua, senti falta de mais lixeiras espalhadas pelo caminho, as calçadas nesses pontos que caminhei estavam bem conservadas e seguiam um certo padrão. Tanto na praça da Catedral quanto na praça Almirante Barroso existem muitos monumentos, alguns conservados, alguns em reforma e outros tantos ocupados por moradores de rua.

Antes de mudar uma cidade é preciso conhece-la, procurar onde pulsa sua vitalidade, saber como as pessoas as vem e o que apreciam nela. Caminhar pelo centro, me fez descobrir coisas interessantes, mesmo não tendo um olhar tão apurado, compreendi que as pessoas ainda buscam a cidade como forma de socialização, de diversão e cultura e que a ocupação desses espaços é necessária para que a cidade não morra.

Did you participate in a Jane’s Walk in this city?